sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pelourinho, ou simplesmente Pelô

Um dos pontos fortes na minha visita à Bahia foi a visita ao Pelourinho, não pelas ruas de pedra, nem pelos belos casarões reformados mas sim pela sua história.
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Apenas por uma questão de localização:
Estamos na parte alta da cidade, então o Elevador Lacerda (postagem anterior) está logo atras de mim nesta foto, seguindo por esta praça à esquerda, você tem o acesso ao Pelô, com suas enormes ladeiras de pedra.
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Quem não se lembra de Michael Jackson dançando ao som do Olodum no Pelô?
Pois é, foi nessa sacada do meio na casa azul.
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Outro fato marcante, Dona Flor e seus 2 Maridos, obra de Jorge Amado, filmado em 1976.
Quem viu esse filme, reconhece essa casa amarela !!!!
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Esta casa azul era uma casa de um Senhor de Engenho na época da escravidão, não dá pra ver, mas na frente dela, há uma marca no chão, onde era colocado o tronco e os escravos apanhavam.
A casa amarela ao lado, hoje é um museu da cidade.
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Gente querendo aparecer é o que não falta:
Muito cuidado ao visitar o Pelô, ambulante tem aos montes e aparecem de todos os lados, principalmente os que não são cadastrados pela prefeitura e querem vender correntinhas a R$ 30,00 cada uma.
( Não contem pra ninguém, mas comprei 03 delas por R$ 10,00 ) e ainda ganhei 02 gargantilhas de brinde que eles já te abordam colocando uma no seu pescoço, isso sem falar nas inúmeras fitinhas de Nosso Senhor do Bomfim !!!!!
Digamos que não é um local bonito, mas também não é feio, tem lá o seu charme e sua história.
Ir a Bahia e não visitar o Pelô, chega a ser crime !!!!
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E tem até o Preto Velho, que só deixa tirar foto dele se você comprar o rapé, caso contrário a mão está na frente do rosto, como você pode ver abaixo.
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Algumas curiosidades do Pelourinho:
Sendo um dos cartões postais de Salvador, o Pelourinho proporciona um mergulho na história da cidade e sua história se confunde com o próprio processo de fundação e ocupação do que hoje é Salvador. Com o intuito de delinear Salvador como uma cidade-fortaleza, a área que corresponde ao Pelourinho foi cuidadosamente escolhida devido à sua posição geográfica próxima ao porto e, segundo o "Guia do Pelourinho" “perto do comércio e naturalmente fortificada pela grande depressão existente que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura, por quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria a defesa de qualquer ameaça vinda do mar”.
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Ainda segundo o "Guia do Pelourinho" , “o termo “pelourinho” é o nome dado ao local onde os escravos eram castigados pelos senhores de engenho. O “pelourinho” era construído nos engenhos, afastado da cidade. A fim de demostrar à população sua força e poder, os senhores de engenho resolveram construir um “pelourinho” no centro da cidade, instalando-o no largo central, hoje área localizada em frente a casa de Jorge Amado. A partir daí os escravos eram castigados em praça pública para que todos pudessem assistir tal demonstração de poder. Devido a esse fato o “pelourinho” virou ponto de referência da cidade, dando nome ao antigo centro da cidade, e hoje Centro Histórico de Salvador”.
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De centro da aristocracia soterapolitana à reduto de excluídos, o Pelourinho atravessou os anos, passou por processos de restauração e hoje é considerado patrimônio da humanidade. A transição está silenciosamente marcada nos casarões, que são a marca forte do lugar. Os casarões, que antes abrigavam a aristocracia e depois os marginalizados da sociedade soterapolitana, hoje abrigam museus, lojas, restaurantes, reforçando o caráter turístico do Pelourinho.

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